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Fazenda Pantaneira Sustentável

Logotipo da Embrapa Pantanal       Na literatura constam diversas definições filosóficas de sustentabilidade, porém, definições operacionais e metodologias que permitam a sua aplicação nas tomadas de decisões e planejamento da agricultura são mais difíceis (Smith e McDonald, 1998). A definição é muito ampla e varia conforme os interesses locais e pessoais, sendo às vezes usada apenas na forma unidimensional, principalmente econômica. Sendo assim, um dos pré-requisitos na sua aplicação é defini-la adequadamente conforme os objetivos a serem alcançados seguindo os princípios da sustentabilidade que é multidimensional (econômica, ecológica e sócio-cultural), numa perspectiva a longo prazo, envolvendo as distintas percepções dos atores envolvidos.

      Descrever os três componentes (ecológico, econômico e social). A partir da definição dos objetivos, há a necessidade de definir critérios e indicadores (qualitativos e quantitativos) para avaliar a sustentabilidade.

      As organizações internacionais de certificação como a IFOAM estabeleceram normas (protocolos) que focam a permissão ou não de insumo e práticas de manejo. Porém, a própria IFOAM considera que há a necessidade de estabelecer um modelo de gestão e manejo para produtores de modo que eles tenham um guia para garantir o cumprimento de determinadas normas e práticas pré-estabelecidas. Tais modelos necessitam ser simples e robustos, internacionalmente aceitos e compatíveis com outros modelos internacionais de modo que permitam integração tais como ISO 9001, ISO 14001, normas do Codex HACCP(Cap.3, IFOAM; Bradley et al., 2000). A versão brasileira da ISSO 9001 é a ABNT NBR ISO 9001 que estabelece o sistema de gestão de qualidade de uma empresa ( ABNT/CB-25). A ISO 14001 foi publicada em setembro de 1996 e foi revisada em 2004 refere-se a norma internacional que define os requisitos do sistema de gestão ambiental passível de certificação por terceira parte, cuja finalidade é demonstrar o compromisso de proteção ao ambiente e a prevenção da poluição em conformidade com as necessidades sócio-econômicas.

      Estes critérios e indicadores devem ser selecionados em função da praticidade em representar e simplificar fenômenos complexos e sistêmicos. Neste estudo serão definidos critérios e indicadores preliminares a partir de estudos científicos desenvolvidos por equipe multidisciplinar. Estes serão a base para o processo de construção e validação que terá a participação dos atores envolvidos, constituindo num processo continuo em virtude do avanço dos conhecimentos, das demandas, da evolução da agricultura, das normas e legislação, etc.Porém, pretende-se que esta ferramenta seja de grande utilidade para os tomadores de decisão local, como também auxilie na definição de políticas publicas mais adequadas para a região pantaneira.

      A avaliação da sustentabilidade das fazendas como uma habilidade de continuar no tempo, ou seja, manter a produtividade ao longo do tempo pode ser feita por meio de análises de tendências ou de resiliência porém estas análise apresentam algumas limitações, tais como, na análise de tendência existe a dificuldade de predizer o futuro por meio do passado enquanto na análise de resiliência e sensibilidade são ignorados os objetivos econômicos e sociais e a dificuldade de se ter uma medida única (Smith e Mc Donal, 1998).

      Rigby et al. (2001) construíram indicadores para avaliar a sustentabilidade em nível de fazendas a partir do uso de `inputs` ao invés de avaliar os impactos. Porém, quando possível a avaliação dos impactos é mais desejável mas a usa utilização depende de ferramentas de monitoramento que nem sempre são disponíveis para uso imediato, o que justifica o aperfeiçoamento da ferramenta com o avanço dos conhecimentos.

Equipe:

  • SANDRA APARECIDA SANTOS – EMBRAPA PANTANAL. Coordenadora do projeto. Responsável pelos indicadores de conservação de pastagem, indicador de aptidão para a pecuária e indicador de bem-estar e manejo animal.

  • HELANO PÓVOAS DE LIMA – EMBRAPA INFORMÁTICA. Responsável pela implementação do sistema.

  • URBANO GOMES PINTO DE ABREU - EMBRAPA PANTANAL. Responsável pelos indicadores econômicos.

  • WALFRIDO MORAES TOMAS – EMBRAPA PANTANAL. Responsável pelos indicadores de biodiversidade.

  • SILVIA MASSRUHA – EMBRAPA INFORMÁTICA. Colaboradora da elaboração do sistema.

  • DÉBORA FERNANDES CALHEIROS – EMBRAPA PANTANAL. Responsável pelos indicadores de água.

  • MÁRCIA OLIVEIRA DIVINA – EMBRAPA PANTANAL. Colaboradora na definição dos indicadores de água.

  • SUZANA MARIA DE SALIS – EMBRAPA PANTANAL. Responsável pelos indicadores de estrutura de florestas e índice de sobrevivência de árvores (Biodiversidade).

  • EVALDO LUÍS CARDOSO – EMBRAPA PANTANAL. Colaborador na definição dos indicadores de pastagem e bem estar animal.

  • MÁRCIA TOFFANI SIMÃO SOARES – EMBRAPA PANTANAL. Colaboradora na definição dos indicadores de água.

  • MARCOS TADEU BORGES DANIEL ARAÚJO – EMBRAPA PANTANAL. Responsável pelos indicadores sociais.

  • THIAGO TOSHIYUKI THAMADA – EMBRAPA INFORMÁTICA. Bolsista da EMBRAPA INFORMÁTICA. Colaborador na implantação do programa.

  • ROBERTO AGUILAR M. S. SILVA – EMBRAPA PANTANAL. Colaborador na definição dos indicadores de bem-estar e manejo animal.

  • SANDRA MARA ARAÚJO CRISPIM – EMBRAPA PANTANAL. Colaboradora na definição dos indicadores de pastagens.

  • CRISTHIANE O.G. AMÂNCIO – EMBRAPA AGROBIOLOGIA. Colaboradora na definição dos indicadores sociais.

  • COLABORADORES: LUIS ORCÍRIO, Carlos Alberto Padovani, Enrique Ortega, Zilca Campos, Luciana Graci Rodela, Marivaine Silva Brasil, Antônio dos Santos Júnior, Marcelo Narciso, Balbina Maria Soriano.



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